quinta-feira, 30 de outubro de 2014

D de Derrelição

A Intervenção "D de Derrelição" foi pensada a partir da obra: "A Obscena Senhora D", escrita por Hilda Hilst. Nesta intervenção foram trabalhadas as idéias do abandono e do desamparo, expressos de maneira contundente na obra da autora. Também questões relacionadas a corporalidade e o feminino como performance.



Esta é mais uma intervenção de preparação ao #SemiEdu2014.

O que te escreve? - Preparação para o SemiEdu2014.

Nosso mural intitulado "O que te escreve?" voltou para o saguão do Instituto de Linguagens da UFMT. Se ainda não conferiu, não perca essa oportunidade, ele ficará exposto até amanhã. Essa é mais uma intervenção artística em preparação ao #SemiEdu2014.


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O que te escreve?

Intervenção artística em preparação ao Seminário de Educação 2014. Nosso mural intitulado "O que te escreve?" fica até as 18:00h de hoje no saguão do Instituto de Educação da UFMT. Se ainda não conferiu, vá até lá e deixe seu recado!



sábado, 18 de outubro de 2014

Conferencistas do Seminário de Educação 2014

Em novembro, acontece na UFMT o Seminário de Educação edição 2014. Além do SemiEdu 2014, acontecem também mais dois eventos em paralelo a esse, o I Colóquio internacional Escrileituras em Educação e o II Colóquio Nacional Pensamento da Diferença.

Além das discussões que serão propiciadas pelos nossos vinte e quatro GTs, contaremos com a presença de quatro conferencistas renomados na área da Educação.

Saiba um pouco mais sobre eles através dos PODCASTs abaixo:


















Não fique fora dessa! Inscrições pelo Site: www.ufmt.br/semiedu2014

Reversement

Agrada aos leitores de Nietzsche a ideia que a transvaloração ocupou em seu pensamento. Apenas para ficarmos com um exemplo deste apreço pelo gesto nietzschiano: "Um exame atento dos textos do período da transvaloração revela que vida e vontade de potência estão relacionadas de duas maneiras distintas: em alguns escritos, acham-se claramente identificadas e, em outros, a vida aparece como caso particular da vontade de potência” (MARTON, 2010, p. 102). Apenas por esta observação da pesquisadora, se concordarmos com ela, teremos na transvaloração, provavelmente, o que mais contundente foi em Nietzsche: a vida como um caso particular da vontade de potência; ou, vontade de potência como vida. Esta é a posição de Araldi, sobre um livro específico de Nietzsche: "Na obra Para além de bem e mal e nos escritos da época, prevalece a interpretação da vontade de potência como vida, particularmente nas relações de mando e obediência que perfazem as relações humanas.”(ARALDI, 2012, p. 111). E, certamente, é o nosso autor que explicita essa meditação em dois fragmentos póstumos da primavera de 1888, sob o título “A vontade
de potência como vida”: 14 [173] e [174]: "o que o ser humano quer, o que cada parte mínima de um organismo vivo quer, é um plus de potência.” (Fragmento póstumo 14[174] da primavera de 1888). Ora, prazer e desprazer, como mecanismos de preservação ou metas orgânicas, no pensamento nietzschiano, são reduzidos a fenômenos: o que se quer, afinal, é potência.

Este gesto mostra-nos do que se trata a transvaloração; tornar o que é bom em mal, ou invertê-los, seria uma simplificação sem precedente. Transvalorar, portanto, significaria criar novos valores, fazê-los germinar em outras bases, superá-los para criação do novo.

É neste ponto que encontro, em Derrida, esta possibilidade transvaloradora: o conceito de renversement. Para Santiago (1976, p. 76), este conceito "marca na filosofia ocidental não uma coexistência pacífica, mas uma violenta hierarquia das oposições.” Portanto, quer penetrar no entre, na dobra, no espaçamento dos dualismos para operar o renversement. Como gesto transvalorador, entretanto, não podemos seguir Santiago quando afirma que a estratégia derridiana é a de “inverter a hierarquia das oposições” (idem), pois seria cair em uma espécie de niilismo fraco, já apontado por Heidegger. Pensamos que renversement requer transverter as hierarquias, os dualismos, as oposições, ou, para usar um termo do próprio Santiago: transgredir a fim de “produzir um novo conceito” (idem, p. 77).

Por isso, fazemos a opção de que renversement deva ser entendido como transverter.

A transversão, como gesto desconstrutor, supera os dualismos em direção a um outro novo conceito, que suplementa, ao mesmo tempo que supera, as oposições e dualismos em questão.

Referências

ARALDI, Clademir Luís. A vontade de potência e a naturalização da moral. In: Cadernos Nietzsche, n. 30. São Paulo: 2012, pp. 101-120.
MARTON, Scarlett. Nietzsche: das forças cósmicas aos valores humanos. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010, 3a. ed.
SANTIAGO, Silviano. Glossário de Derrida. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.